Há algum tempo atrás, um tempo que parece uma eternidade, eu sonhava e almejava muitas coisas, hoje aos vinte e cinco anos de idade, deixei muitos desses sonhos para trás.
Hoje aos vinte cinco anos, sou uma mestranda formada em jornalismo. Me deixei ser atingida por essa mania de definir quem somos por aquilo que fazemos ou o quanto ganhamos.
As viagens de mochileira pela América pôde esperar, assim como o jornalismo de guerra e o livro publicado.
Hoje aos vinte e cinco anos, eu apenas respondo entre os dentes com um sorriso amarelado, que o mestrado não é remunerado, mas que os estudos para ser aprovada em algum bom concurso seguem firmes.
Aos vinte e cinco anos, eu ainda não havia me dado conta, que a desatenção ao não se levantar enquanto cumprimenta alguém é deselegante e que a timidez, que outrora era bonitinha, uma hora vai incomodar.
Que as expectativas alheias as vezes vão muito além do que você pode suportar e que outras vezes é melhor desatar o nó e permitir que as pessoas descubram outras pessoas, enquanto você mesma se redescobre.
Aos vinte e cinco anos ainda não tenho um manual de instruções sobre mim mesma e vez ou outra me perco nas tentativas inúteis de tentar me definir, mas, ainda bem que não me defino; repito constantemente.. mas peraí eu não sou uma mestranda formada em jornalismo?