O adeus



Te perdi e ainda me pergunto onde o deixei.
Me pergunto, onde está aquele menino de olhos brilhantes,
aquele que dizia que me amava.
Me pergunto quem te roubou de mim,
o que tirou daquele menino, nossos sonhos e promessas.
Ainda saberás pobre menino, que o mundo não te dará o que te dei.
O mundo não acolhe,
os olhos dele seduzem, mas ele também pode e vai te magoar.
Tomara que teu coração não fique em pedaços menino
e que o meu se junte novamente.
Te perdi para o mundo,
te perdi para a vida que achei que queria partilhar.
As promessas se perderão no tempo, assim como as juras infindáveis.
E um dia quando suas aventuras mundanas cessarem, 
quando não mais tiver forças nem mesmo para sorrir, 
se lembre que num tempo longínquo,
te amei e fui leal a nossos sonhos.
Pois realizando todos eles, lembrarei de ti.
Tomara que encontre no mundo, o que de alguma forma não soube te dar.
Ingênua, pensei que queria sossego do mundo,
que uma casa, filhos e cachorros era teu sonho
Acreditei tanto nisso, que criei opções, me moldei as tuas possibilidades.
Não esperarei por ti, por mais te ame
tenho pressa em ser feliz.
Saibas porém, menino, que me fizeste muito feliz
e que me dói saber que teus beijos um dia pertencerão à outra,
e se a prometeres algo, meu coração se partirá.
Te perdi menino!
te perdi para o mundo,
te perdi para o tempo,
te perdi para você mesmo.






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