EDGAR ALLAN POE - o mestre


Considerado o criador do conto policial e mestre das obras de terror, Edgar Allan Poe permanece até os dias atuais como um dos principais ícones da literatura mundial.
Nascido em 19 de janeiro de 1809, em Boston, Poe foi o segundo filho de um casal de atores itinerantes. Ainda recém-nascido seu pai abandonou a família e com apenas três anos de idade, ele perdeu a mãe afligida pela tuberculose, sendo adotado por uma rica família de  mercadores de Richmond.
Muitas das histórias escritas por Allan Poe são baseadas em experiências próprias. Sua vida literária , por exemplo teve início durante sua passagem pelo exército, sendo a guerra um dos principais temas abordado em suas histórias. Nesse período, ele começou escrever poesias e lançou dois livros do gênero Tamerlão e Outros Poemas (1927) e Al Aaraaf, Tamerlão e Poesias Menores (1929).
Expulso do exército por indisciplina, após dois anos de serviços e renegado pelo padrasto, Poe mudou-se para Baltimore  para a casa da sua tia viúva e começou utilizar a escrita como meio de subsistência e em 1935, tornou-se editor literário do Southern Literary Messenger, de Richmond. Nesse mesmo, ele se casou com sua prima e grande amor de sua vida, Virginia Clemm, de apenas 13 anos de idade.
O vício alcoólico de Allan Poe, provocou uma série de demissões para o escritor que trabalhou também em jornais de Nova York e da Filadélfia. Em1839, tornou-se editor assistente da Burton's Gentleman's Magazine, onde publicou um grande número de artigos, histórias e críticas. Nesse mesmo ano, foi publicada, em dois volumes, a sua colecção Tales of the Grotesque and Arabesque (traduzido para o francês por Baudelaire como "Histoires Extraordinaires" e para o português como Histórias Extraordinárias), que, apesar do fracasso financeiro na época, é apontada como um marco da literatura norte-americana. Essa obra reúne algumas de suas mais célebres histórias, como O gato preto, O barril de Amontillado, A máscara da morte rubra, Berenice, A queda da casa de Usher e o fantástico Os crrimes da Rua Morgue.


ilustração da obra O gato preto

Concomitantemente ao lançamento mundial de sua obra, Virgínia é acometida pela tuberculose (mesma doença que atingiu sua mãe) e morre, afundando Allan Poe ainda mais em seu vício alcoólico e despertando o ar sombrio em suas obras.
Em 1945, ele lança aquele que viria a ser seu maior sucesso: o poema O corvo que foi traduzido para vários idiomas e alçou Allan Poe para fama mundial.
No dia 3 de outubro de 1849 o escritor foi encontrado pelas ruas de Baltimore em estado delirante e foi levado ao hospital local, onde morreria quatro dias depois.
Anos após sua morte, suas obras foram consideradas obras primas da literatura, sendo fonte de inspiração para grandes nomes dos gêneros de ficção, suspense, terror e policial como Agatha Cristhie e Sir Arthur Conan Doyle.


"Lord, please, help my poor soul" - últimas palavras de Allan Poe

DO NADA QUE SE SABE - Jorge Luis Borges


A lua ignora que é tranquila e clara
E não pode sequer saber que é lua;
A areia, que é a areia. Não há uma
Coisa que saiba que sua forma é rara.
As peças de marfim são tão alheias
Ao abstrato xadrez como essa mão
Que as rege. Talvez o destino humano,
Breve alegria e longas odisseias,
Seja instrumento de Outro. Ignoramos;
Dar-lhe o nome de Deus não nos conforta.
Em vão também o medo, a angústia, a absorta
E truncada oração que iniciamos.
Que arco terá então lançado a seta
Que eu sou? Que cume pode ser a meta?


Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"

TOP 10: filmes fofos

Essa lista é para aqueles dias que você está implorando por uma dose sem pudor de fofice. 

10- Forças do destino (1999)

Essa comédia romântica surge com a clichê história de um acidente que colocam frente a frente dois estranhos, que se apaixonam. Seria uma receita pronta de previsibilidade, mas não é.
Tendo como protagonistas a queridinha Sandra Bullock e o galã Ben Affleck, o filme encanta pela leveza. A sintonia perfeita entre Bullock e Ben redem pitadas adocicadas de fofice.


9- Nunca fui beijada (1999)

Um filme deliciosamente fofo. Drew Barrymore no papel de uma jornalista que para conseguir a matéria da sua carreira, precisa se infiltrar em uma escola disfarçada de estudante, está apaixonante (como sempre). Um filme bem fofo pra dar friozinho na barriga como uma adolescente.


8- Uma lição de amor (2001)

Ahhh o que Dakota Fannig não consegue deixar fofo?! Uma história densa, mas que é tratada com maestria pela interpretação de Sean Pean. Além de fofo este filme traz um enredo dramático, então recomendo um lencinho do lado, porque com certeza vai precisar.


7- Os garotos estão de volta (2009)

Confesso que adoro Clive Owen, mas não é só por isso que o sétimo lugar vai para um filme que tem ele como protagonista. Clive interpreta Joe, um jornalista esportivo que trabalha na Austrália e após a morte de sua segunda esposa se vê em apuros para criar o filho de seis anos. As coisas se complicam ainda mais pra Joe, quando o filho de seu primeiro casamento vai passar uma temporada com ele. As etapas de adaptação por qual Joe passa, são encantadoras e faz o filme ser tão fofo.


6- Patch Adams- O amor é contagioso (1998)

O final da década de 90 nos trouxe muitos filmes fofos, e é o caso de Patch Adams. O filme que é baseado em uma história real, narra a história de Hunter "Patch" Adams um médico que inovou as metodologias de tratamento de seus pacientes por meio do humor. O filme é um banho de fofice.


5- Menina dos olhos (2004)

O filme protagonizado por Ben Affleck (mais uma vez) e pela belíssima Liv Tyler, narra a trajetória de um homem que precisa mudar sua vida após a morte de sua esposa. O filme tem sua fofice decretada pela doçura  de Gertie, a filha de Ollie (Ben).


4- Marley e eu (2008)

Para os apaixonados por cachorros, assim como eu, um labrador e toda sua desastrada forma de ser já é uma fofice sem fim. Agora imagine um filme que narra as histórias de aventuras desse cãozinho?!
Não conheço que não tenha se apaixonado por Marley e que não tenha se emocionado profundamente na cena final do filme.


3- As vantagens de ser invisível (2012)

Só o Ezra Miller no elenco já seria um motivo muito convincente para assistir esse filme. Seguindo a fórmula indie, esse filme consegue mesclar um roteiro inteligente com a delicadeza que fazem dele um filme muito fofo!


2- E se fosse verdade (2005)

Estrelado por Reese Witherspoon e Mark Ruffalo essa comédia romântica é um banho de fofice. Um roteiro bem elaborado e cenários encantadores contribuem para a apaixonante trama. Impossível não se encantar pela "fantasminha" Elizabeth.


1- 10 coisas que eu odeio em você (1999)

Esse filme é assumidamente um dos que mais amo no mundo e um dos que mais assisti também e, portanto, vai aparecer em muitas listas nesse blog.
O filme é inspirado na obra "A megera domada" de Willian Shakespeare e é cheio de referências ao autor. O elenco seguramente é o mais fofo e apaixonante que já vi, trazendo Heath Ledger, Julia Stiles, Joseph Gordon-Levitt, Larisa Oleynik, David Krumholtz, e Larry Miller.
A cena que Patrick (personagem de Ledger) canta Can't take my eyes off you e a cena que dá o nome do filme em que Kat (Julia Stiles) declama o poema das dez coisas que odeia em Patrick, é de derreter qualquer um.


BEM NO FUNDO- Paulo Leminski


No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

Meus erros


Como se recupera algo perdido?
Como se arranca de dentro de você algo tão precioso?
Quando você chegou, meu coração despertou para algo que confesso ainda não ter experimentado.
Você me salvou de todas as maneiras que alguém pode ser salvo,
me tirou as vendas e me fez perceber o quanto te amava.
Te ver esvaindo entre meus dedos dói muito.
Sem reação, gritei ao mundo por socorro.
Não deverias tornar público seus lamentos menina!
Como criança recuada, quis que ditassem como agir
e deste modo aumentei teu rancor.
Disse coisas que não sentia, na frustante tentativa de chamar atenção.
Palavras mal ditas... malditas palavras te fizeram acreditar que ficaria bem sem você.
Pois bem, não fico... não ficarei.
Confesso que não sei como viver sem você, não quero saber.
Me dói pensar que não soube cultivar teu amor,
quando foi que te afastei?
Não penses que sou melhor sem você,
já provei que sem teu amor sou apenas carcaça.
Não cometa os meus erros, não dê ouvidos ao mundo
ele engana, machuca.
Me fez pensar que ficaria bem sozinha,
pobre de mim!
Sei que minhas eternas desculpas não vão fazer o tempo voltar,
mas as memórias de nosso amor está comigo,
isso me dá forças para seguir em frente
Não quero experimentar a vida sem você,
você é minha vida e espero que perceba isso.

O adeus



Te perdi e ainda me pergunto onde o deixei.
Me pergunto, onde está aquele menino de olhos brilhantes,
aquele que dizia que me amava.
Me pergunto quem te roubou de mim,
o que tirou daquele menino, nossos sonhos e promessas.
Ainda saberás pobre menino, que o mundo não te dará o que te dei.
O mundo não acolhe,
os olhos dele seduzem, mas ele também pode e vai te magoar.
Tomara que teu coração não fique em pedaços menino
e que o meu se junte novamente.
Te perdi para o mundo,
te perdi para a vida que achei que queria partilhar.
As promessas se perderão no tempo, assim como as juras infindáveis.
E um dia quando suas aventuras mundanas cessarem, 
quando não mais tiver forças nem mesmo para sorrir, 
se lembre que num tempo longínquo,
te amei e fui leal a nossos sonhos.
Pois realizando todos eles, lembrarei de ti.
Tomara que encontre no mundo, o que de alguma forma não soube te dar.
Ingênua, pensei que queria sossego do mundo,
que uma casa, filhos e cachorros era teu sonho
Acreditei tanto nisso, que criei opções, me moldei as tuas possibilidades.
Não esperarei por ti, por mais te ame
tenho pressa em ser feliz.
Saibas porém, menino, que me fizeste muito feliz
e que me dói saber que teus beijos um dia pertencerão à outra,
e se a prometeres algo, meu coração se partirá.
Te perdi menino!
te perdi para o mundo,
te perdi para o tempo,
te perdi para você mesmo.






TALVEZ



Não anseio mais palavras,
promessas já não são cumpridas
e esperando, cansei de esperar.
Os sonhos não sei se são partilhados,
os olhos perderam o brilho
e palavras se perdem no desinteresse.
Pensamentos vagam,
em um mundo que não sou mais bem vinda,
mas permaneço.
Insisto, sozinha e irredutível
talvez em vão espero reencontrar-te 
e junto contigo,
o riso sincero
e as palavras de singelas.
(Ah as mensagens!)
as mensagens noturnas e diurnas,
que a todo instante me arrancava o tédio
e as ligações para matar a saudade.
o carinho voluntário,
o olhar admirado e grato,
a presença desejada e esperada,
a mudança precisa e justa.
Espero talvez em vão.
Talvez em vão

Ruanda - as lembranças de um passado sombrio


Conhecida como o "país das mil colinas", devido sua característica geográfica (repleta de montanhas e vales), Ruanda foi  classificada em uma reportagem da rede de notícias CNN no ano de 2009, como tendo a história de maior sucesso do continente africano, tendo alcançado estabilidade, crescimento da economia (a renda média triplicou nos últimos dez anos) e integração internacional.
O lançamento de um programa para a redução da pobreza – com medidas como a implementação de um plano de saúde para todos, a melhoria direcionada das oportunidades educacionais como também a promoção da economia privada – já mostrou os primeiros êxitos e reduziu a sua taxa de pobreza em 12 pontos percentuais, para 45% da população.
Nas últimas décadas os ruandeses percorreram um longo caminho de reconciliação e reestruturação, do terror que viveu durante a década de 90, quando o país foi palco de um dos episódios mais sangrentos da história africana: a Guerra Civil da Ruanda.


OS ANTECEDENTES DO GENOCÍDIO

Ruanda foi colonizada no século XIX inicialmente pelos alemães e posteriormente pelos belgas. Baseados em noções equívocas do darwinismo social, os colonizadores belgas proclamaram os tutsis como uma etnia superior aos hutus.
Através de uma série de processos, incluindo várias reformas, o assassinato do rei Mutara III Charles, em 1959 e a fuga do último monarca do clã Nyiginya, o rei Kigeri V, para Uganda, os hutus ganharam mais poder e, na altura da independência, em 1962, os hutus eram os políticos dominantes.
Milhares de tutsis que fugiram do país se refugiaram em Uganda e no Congo, onde receberam treinamento militar e formaram a Frente Patriótica Ruandesa (FPR). Em 1990 a FPR invadiu Ruanda e deu início a guerra civil que assolou o país interruptamente por 3 anos, quando foi estabelecido um tratado de paz, no ano de 1993.
Durante este período porém, as potências internacionais como a China e a França, abasteceram ambos os lados com armas e Ruanda se tornou o terceiro país africano em importação de armas.


A ECLOSÃO DO MASSACRE

Na noite de 6 de abril de 1994, um avião que transportava os então presidentes de Ruanda, Juvenal Habyarimana, e do Burundi, Cyprien Ntaryamira, ambos hutus, foi derrubado e os extremistas hutus imediatamente debitaram a culpa na FPR, que por sua vez defendiam-se afirmando que os próprios hutus haviam planejado o abatimento do avião para reiniciar um conflito, que de fato não havia cessado por completo.
Os extremistas hutus iniciaram um processo cruel de perseguição a minoria tutsi, onde se instaurou a prevalência do ódio e intolerância. Uma lista de opositores foi entregue a milícia hutu, que era responsável pela eliminação dos mesmos, vizinhos e familiares se rebelaram uns contra os outros e até mesmo maridos matavam suas esposas tutsi, temendo uma represália por parte dos hutus. Como o grupo étnico dos indivíduos eram demonstrados na carteira de identidade, no auge do devaneio hutu foram montados bloqueios nas estradas, para impedir a fuga dos tutsis.
Apesar das armas de poderio bélico adquirido anteriormente, os milicianos abatiam seus alvos preferencialmente com facões, apresentando portanto um maior requinte de crueldade.
Apoiada pelo exército da Uganda, a FPR gradualmente foi conquistando território e libertando do terror os tutsis. No dia 04 de julho, exatos três meses após o início do massacre hutu, os soldados da FPR conseguiram o controle da capital Kigali. Milhares de hutus acuados e temerosos da redarguição por parte dos tutsis se refugiaram no Congo, onde milhares de pessoas morreram de cólera, enquanto grupos de ajuda humanitária foram acusados de deixar muito da sua estrutura de assistência cair nas mãos das milícias hutus.

        
AJUDA INTERNACIONAL

Tanto a Bélgica quanto a ONU tinham forças de segurança em Ruanda, mas não foi dado o poder a nenhuma delas de intervenção no conflito, sendo que os belgas e maior parte do contingente da ONU se retiraram do país depois que dez soldados belgas foram mortos. Os EUA estavam determinados a não se envolver em outro conflito africano, depois que soldados norte-americanos foram mortos na Somália.
A França que era aliada dos hutus, enviaram soldados para criar uma zona teoricamente segura, mas foram acusados de não interferirem a fim de colocar fim ao genocídio.


O conflito que durou cem dias, produziu cerca de 800 mil óbitos, muitas mulheres tutsis foram mantidas como escravas sexuais e dessas violações, a ONU estima que tenham nascido entre 250 mil à 500 mil crianças, das quais muitas foram assassinadas.



Entrevista com o jornalista Alexander Kudascheff, de 62 anos (editor-chefe da DW) que cobriu o genocídio em Ruanda:

OS DOZE DEUSES DO OLIMPO - a fascinante mitologia grega


Na verdade nem sei como se deu início meu fascínio pela mitologia, mas de qualquer modo atualmente sou literalmente viciada no assunto (com direito à vários livros sobre o tema).
Dentre as mitologias sem dúvida a que mais me entusiasma é a mitologia grega.
Na Grécia antiga, as pessoas eram politeístas, sendo adorados vários deuses, que possuíam suas histórias particulares e inter-relacionando uns com outros. As histórias dessas inter- relações, tal qual a história peculiar de cada um dos deuses deu origem à relatos que chamamos de mitos.
Na mitologia grega, os deuses olímpicos eram os deuses mais importantes na Grécia Antiga e moravam no ponto mais alto do Monte Olimpo (principal montanha da Grécia Antiga). De acordo com alguns mitos, residiam num grande palácio de cristal no topo do monte sagrado. Eram, segundo os gregos, os deuses que tinham mais poderes e mais influência na vida dos humanos.
Os deuses que habitavam o Monte Olimpo eram:

1. ZEUS


O Deus principal do Monte Olimpo, Zeus era o senhor das chuvas e tinha o temível poder do raio. Ele conseguiu a supremacia após aprisionar seu pai Cronos (um titã) nas profundezas do Tártaro - o abismo das trevas.
Zeus possuía um comportamento promiscuo e deu origem a uma linhagem de outros deuses e de semi-deuses (como Hercules, Perseu e Helena de Troia).


2. POSEIDON


Irmão mais velho de Zeus, Poseidon é deus do oceano, representado como um homem forte, com barbas e segurando sempre um tridente. Assim como seu irmão, Poseidon teve várias amantes e com elas vários filhos como, por exemplo, o gigante Órion e o ciclope Polifemo.
Geralmente, Poseidon usava a água e os terremotos para exercer vingança, mas também podia apresentar um caráter cooperativo

3. HERA


Deusa do matrimônio, do parto e da família, Hera era mulher de Zeus e rainha do Olimpo. Devido as infidelidades constantes do marido, Hera adotou um comportamento ciumento e vingativo, atentando contra as amantes do marido.

4. AFRODITE


Deusa do amor, da beleza e do sexo, Afrodite era ícone de beleza disputada entre os deuses. Zeus a casou com Hefesto, o mais feio dos deuses.
Conhecida por sua beleza e seu temperamento vingativo, Afrodite era extremamente infiel e em uma de suas traições surgiu Eros o deus do amor.

5. ARES


O deus da guerra Ares representado como um homem forte e de caráter violento, era filho de Hera e Zeus. Ele tinha o prazer em apreciar a dor alheia e por vezes disfarçava-se de soldados para deitar com suas mulheres, apesar de ser amante de Afrodite com quem teve vários filhos, incluindo Eros.
Ares era o deus mais odiado entre os demais deuses e era tido como traiçoeiro.

6. DIONÍSIO


O deus grego do vinho, das festas, do prazer e do delírio místico.
De todas as divindades, era a que mais aproximava dos homens. Era casado com Ariadne e todos os anos os gregos celebravam ao deus em festas regadas de vinhos e perversão.

7. ATENA


Como deusa da sabedoria Atena era imbatível nas estratégias de guerra, era filha de Zeus e jamais se casou ou manteve amantes, mantendo virgindade perpétua, apesar de sua beleza anormal.
Venerada pelos gregos, ela recebeu como homenagem seu nome na cidade de Atenas.

8. APOLO


Considerado o deus do sol e da luz, era tão vaidoso que encarnou a forma solar para que nenhum humano admirasse sua face.
Apolo era considerado patrono das artes, devido a sua habilidade com a lira com a qual tocava belas melodias para os demais deuses.
Possuía um arco e flecha que lhe era característico.

9. ÁRTEMIS


Deusa da caça e dos animais, Ártemis  era irmã gêmea de Apolo e tal como ele possuía um arco e flechas e habilidades esplendidas com esses objetos.
A deusa jurou virgindade eterna e renunciou aos homens e gerou um grupo de garotas que as seguiam em suas aventuras. Renunciando, também, aos homens e ao amor.

10. HERMES


Hermes era o mensageiro dos deuses e era deus da velocidade e do comércio. Representado como um homem de sandálias e capacete com asas e também portando em uma das mãos o caduceu, uma vara com duas serpentes entrelaçadas, Apolo é o condutor das almas para o submundo de Hades.

11. DEMÉTER


Deusa da agricultura, ela era muito venerada pelos gregos. Era uma deusa promiscua e teve vários filhos como Pesérfone (que foi sequestrada por Hades) filha de Zeus e Arion filho de Poseidon.

12. HEFESTO


Filho de Zeus e Hera, Hefesto era o deus do fogo, considerado o deus caído, pois quando nasceu era tão feio que sua mãe Hera, o jogou do Olimpo.
Foi ele que forjou o raio de Zeus, o Tridente de Poseidon, as flechas de Apolo e também a armadura de Aquiles na Guerra de Tróia.
Era casado com Afrodite.

Ex olimpiano: 

HADES


Considerado o deus da morte, Hades preferia viver no submundo (Érebo) com sua mulher Perséfone. Era um deus sombrio e bastante temido entre os gregos.
Hades também era irmão de Zeus e seu nome significa "o invisível", pois seu Elmo do Terror (uma de suas armas mágicas) o deixa invisível, permitindo-no vagar pelo Érebo sem ser percebido, e descobrir as almas que tentam escapar de seu reino, mandando-nas para os campos de punição.

Os mitos nos ajudam a entender as relações humanas e guarda em si a chave para o entendimento do mundo e da nossa mente analítica. A mitologia grega, repleta de lendas históricas e contos sobre deuses, deusas, batalhas heróicas e jornadas no mundo subterrãneo, revela-nos a mente humana e seus meandros multifacetados.


ENSAIO SAUDOSISTA



Sinto saudades de quando me olhava no fundo dos olhos,
me tirava o fôlego e os segredos.
Sinto saudades da nossa cumplicidade
dos nossos beijos apaixonados.
Sinto saudades do tempo que minha companhia
fria e apática te bastava.
Quando eu te bastava.
Sinto saudades das promessas descabidas,
da época que cabia em seu bolso e me levava contigo.
Sinto saudades da respiração ofegante das risadas,
do suspiro assustado.
Sinto saudades da novidade contada entre os dentes,
da admiração não sufocada.
Sinto saudades da breve época em que éramos felizes
e o "te amo" era sincero.
Alguma coisa aconteceu,
e ainda não sei o que é
mas no meu peito só restou a saudade.
Só queria mesmo que soubesse que sinto saudades de você.


Um Único Estilo de Vida não é Viver, é Ser - Michel de Montaigne



Não nos devemos apegar assim tão fortemente às nossas tendências e temperamento. O nosso talento principal é sabermos aplicar-nos a práticas diversas. O estar vinculado, e necessariamente obrigado, a um único estilo de vida não é viver, é ser. As almas mais belas são as que têm mais variedade e flexibilidade.
Se me fosse possível constituir-me a meu modo, não haveria nenhuma forma, por melhor que fosse, na qual eu me quisesse fixar de sorte que não fosse capaz de dela me apartar. A vida é um movimento desigual, irregular e multiforme. Não é ser amigo, e muito menos senhor, de si mesmo, deixar-se incessantemente conduzir por si e estar preso às próprias inclinações que não possa desviar-se delas nem torcê-las - é ser escravo de si próprio.
Digo-o neste momento por não me poder facilmente desembaraçar da importunidade da minha alma que consiste em ela normalmente não saber ocupar-se senão do que a absorve, nem aplicar-se senão por inteiro e de forma tensa. Por mais trivial que seja o assunto que se lhe dê, ela logo o aumenta e estica a ponto de ter de se empenhar nele com todas as forças. A sua ociosidade é-me, por esta causa, uma ocupação penosa e prejudicial à saúde. A maior parte dos espíritos precisa de matéria de fora para se desentorpecer e exercitar; o meu dela antes precisa para se acalmar e repousar «os vícios do ócio devem-se dissipar com o trabalho» - Séneca - pois o seu principal e mais laborioso estudo é de si mesmo.



ÂNSIA DO FIM



As palavras emudeceram
e com elas se foi a esperança.
Saudosista a lembrança de nossos outrora momentos felizes
abre a porta e se faz presente,
impõe presença.
Meus lábios trêmulos sussurra aos ventos,
sem que você possa ouvir aquilo que não mais lhe é novidade
eu não lhe sou mais novidade.
Tal como uma notícia velha, eis que persisto
esboçando sorrisos falsos e solidários
mendigando atenção, talvez afeto.
E eu que outrora nomeava-me feliz.
Tedioso e atônito porém, permanece frente a meu descontentamento
Talvez seja mesmo hora de partir
e deixar comigo ir a esperança.

DAS ESTRELAS



Não sei como o céu está hoje.
Esqueci das estrelas e dos olhares. Esquecemos de ser gentis e talvez as estrelas tenham se apagado.
Se entristeceram talvez e se assim for, ainda hei de apagar-me.
Não se morre de tristeza, pequena tola! Não se morre, mas se apaga.
Esvaindo pouco a pouco...
Das estrelas não mais sei. Sei mais nada, nem de meu amor.
Se face a face estivesse,
estaria ali, mas seus olhares vagariam para além
Esvaindo pouco a pouco...
Teus lábios tocariam os meus, mas já não sei se corresponderia.
Meu coração não mais vai pulsar já que do céu continuo descrente.
Permaneceremos ai, intactos e imunes ao nosso ainda dito amor
Que não mais cresce, apenas permanece
Esvaindo pouco a pouco, até findar-se.

WHAT I BE- definições que machucam

Durante nossa incessante busca por uma identidade, muitas vezes esbarramos em certas rotulações que nos acompanham para o resto de nossas vidas. Estas imposições sociais de rótulos e definições, muitas vezes se transforma em vulnerabilidades que nos atormenta. Pensando no incômodo gerado por tais práticas, o fotógrafo Steve Rosenfield reuniu mais de mil pessoas em um projeto que visava dar respostas a estereótipos que elas mesmas ou a sociedade lhes impuseram e para isto ele propôs como lema "construir segurança através das inseguranças".
Os participantes do projeto foram orientados a completar a frase "eu não sou..." com algo que lhes perturbavam. Ao fotografar estas pessoas Rosenfield espera ajudar cada um deles a compreender tudo com o que precisam lidar e ao mesmo tempo entenderem que não são aquelas coisas que as definem.

"eu não sou meu aborto" 
- assassina -


"eu não sou meus arrependimentos"
- vagabunda, drogada, estúpida -


"eu não sou minha autodefesa"
 - atenção: afaste-se -


"eu não sou meu câncer"
 - frágil -


"eu não sou minha cor"
 - sim, sou negra -


"eu não sou minhas drogas"
 - prostituta -


"eu não sou minhas dúvidas"
 - certo/errado -


"eu não sou minha etnia"
 - exótica -


"eu não sou meu gênero"
 - eu era um homem -


"eu não sou minha invasão"
 - molestada -


"eu não sou um número"
- f** Hitler -


"eu não sou o meu país"
 - volte para o Iraque -


"eu não sou minha sensibilidade"
 - pare de chorar -


"eu não sou minha timidez"
- invisível -

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