A Conferência de Berlim realizada no final do século XIX e que partilhou a África entre as potências da época, desrespeitando as diferenças étnicas, culturais ou ainda mesmo geográficas; trouxe consequências extremamente desastrosas para o povo africano.
As guerras civis no continente africano se tornaram constantes e massacres como os ocorridos em Ruanda e Burundi demonstram o quão equivocadas foram as decisões tomadas em Berlim.
Nutridos por ódio e indignação, as guerras étnicas surgem como uma opção de corrigir o erro ocasionado pelas potências.
E foi seguindo este contexto que o Sudão, um país do coração africano entrou em uma das mais duradouras guerras civis da história do continente, que resultou na independência e formação do Sudão do Sul, um país que já nasceu com um preocupante status: o de país mais pobre do mundo!
Entendendo o movimento de independência do Sudão do Sul
O Sudão tem diferenças em relação ao seu norte e sul gritantes, enquanto a maioria da população do norte é muçulmana e fala árabe; o sul é composto de vários grupos étnicos, de maioria cristã ou animista. Além disso, o norte é desértico enquanto o sul é repleto de selvas e pântanos.
Os conflitos entre o Sudão e a parte sul geraram duas guerras civis (a primeira entre 1955-72 e a segunda entre 1983-2005) que foram responsáveis por centenas de óbitos, neste que foi um dos mais mortíferos conflitos do fim do século XX.
Em 1983, quando o então presidente Jafar Numeri tentou impor a lei islâmica no sul do país onde a maioria é cristã (como já dito), teve início não só a segunda guerra civil do país como também o projeto de independência ganhou força.
Em 9 de janeiro de 2005 foi assinado o Tratado de Naivasha, um acordo de paz assinado entre o governo do Sudão e os rebeldes do sul.
O acordo porém não pós fim a luta pela independência, em janeiro de 2011 foi realizado um referendo estipulado pelo Acordo de Paz Global de 2005 e assinado pelo Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM) mostrou que 98,83% dos cidadãos do sul eram a favor da independência. Assim seis meses depois, no dia 09 de julho de 2011, nasceu o Sudão do Sul, tendo:
* capital: Juba
* língua oficial: inglês
* moeda: libra sul-sudanesa
* população: 10,6 milhões de habitantes
* área: 644.329 km²
Um novo país e suas dificuldades em continuar existindo
No mesmo mês de sua fundação, o país tornou-se membro da Organização das Nações Unidas e da União Africana.
A realidade do país mais jovem do planeta porém, se mostra desanimador e coleciona colocações em rankings preocupantes.
Atualmente o Sudão do Sul é o país onde mais morrem grávidas e recém-nascidos; cerca de 73% da população adulta é analfabeta, sendo que a taxa de escolarização no ensino fundamental é de 6%, o PIB do país ainda é desconhecido e 85% da população não tem acesso à postos de saúde.
O país concentra 80% do petróleo sudanês, mas depende das refinarias do norte para exportar, fato que gerou o fechamento das reservas petrolíferas no país, o que provocou uma queda de 98% da renda do país.
Além desses fatores, o país enfrenta o maior de seus problemas: a superpopulação, provocada pela grande massa de refugiados que outrora abandonaram o país devido as guerras tribais e agora retornam à seus lares.
A luta para existência é intensa e árdua, porém o fato relevante atualmente é que o Sudão do Sul é um pobre país de refugiados.
As guerras civis no continente africano se tornaram constantes e massacres como os ocorridos em Ruanda e Burundi demonstram o quão equivocadas foram as decisões tomadas em Berlim.
Nutridos por ódio e indignação, as guerras étnicas surgem como uma opção de corrigir o erro ocasionado pelas potências.
E foi seguindo este contexto que o Sudão, um país do coração africano entrou em uma das mais duradouras guerras civis da história do continente, que resultou na independência e formação do Sudão do Sul, um país que já nasceu com um preocupante status: o de país mais pobre do mundo!
Entendendo o movimento de independência do Sudão do Sul
O Sudão tem diferenças em relação ao seu norte e sul gritantes, enquanto a maioria da população do norte é muçulmana e fala árabe; o sul é composto de vários grupos étnicos, de maioria cristã ou animista. Além disso, o norte é desértico enquanto o sul é repleto de selvas e pântanos.
Os conflitos entre o Sudão e a parte sul geraram duas guerras civis (a primeira entre 1955-72 e a segunda entre 1983-2005) que foram responsáveis por centenas de óbitos, neste que foi um dos mais mortíferos conflitos do fim do século XX.
Em 1983, quando o então presidente Jafar Numeri tentou impor a lei islâmica no sul do país onde a maioria é cristã (como já dito), teve início não só a segunda guerra civil do país como também o projeto de independência ganhou força.
Em 9 de janeiro de 2005 foi assinado o Tratado de Naivasha, um acordo de paz assinado entre o governo do Sudão e os rebeldes do sul.
O acordo porém não pós fim a luta pela independência, em janeiro de 2011 foi realizado um referendo estipulado pelo Acordo de Paz Global de 2005 e assinado pelo Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM) mostrou que 98,83% dos cidadãos do sul eram a favor da independência. Assim seis meses depois, no dia 09 de julho de 2011, nasceu o Sudão do Sul, tendo:
* capital: Juba
* língua oficial: inglês
* moeda: libra sul-sudanesa
* população: 10,6 milhões de habitantes
* área: 644.329 km²
Um novo país e suas dificuldades em continuar existindo
No mesmo mês de sua fundação, o país tornou-se membro da Organização das Nações Unidas e da União Africana.
A realidade do país mais jovem do planeta porém, se mostra desanimador e coleciona colocações em rankings preocupantes.
Atualmente o Sudão do Sul é o país onde mais morrem grávidas e recém-nascidos; cerca de 73% da população adulta é analfabeta, sendo que a taxa de escolarização no ensino fundamental é de 6%, o PIB do país ainda é desconhecido e 85% da população não tem acesso à postos de saúde.
O país concentra 80% do petróleo sudanês, mas depende das refinarias do norte para exportar, fato que gerou o fechamento das reservas petrolíferas no país, o que provocou uma queda de 98% da renda do país.
Além desses fatores, o país enfrenta o maior de seus problemas: a superpopulação, provocada pela grande massa de refugiados que outrora abandonaram o país devido as guerras tribais e agora retornam à seus lares.
A luta para existência é intensa e árdua, porém o fato relevante atualmente é que o Sudão do Sul é um pobre país de refugiados.