SE NADA HÁ DE NOVO - William Shakespeare



Se nada há de novo e tudo o que há
já antes era como é,
só ilusão a criação será:
criar o já criado para que?
Que alguém me mostre, sobre um livro antigo
como quinhentas traslações astrais,
a tua imagem, na inscrição, no abrigo
do espírito em seus signos iniciais.
Que eu saiba o que diria o velho mundo
deste milagre que é a tua forma;
se te viram melhor, se me confundo,
se as translações seguem a mesma norma.
Mas disso estou seguro: antigos textos
Louvaram mais com bem menores pretextos.

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